Tá, eu exagerei, talvez seja a melhor música que eu ouvi na última semana. Mas não importa. The Killers é a banda a ser ouvida neste final de ano, ou neste começo de Ano Novo.
Quem sabe?
Killers é um quarteto oriundo de Las Vegas, mas, em vez de apostar na carreira de bookmakers, esses quatro rapazes resolveram apostar no barulhinho que pode ser extraído de objetos conhecidos como instrumentos musicais.
Apesar de texanos, não são e nem chegam perto de serem americanos do bacon. Estão mais para ingleses (o site da banda, atualmente fora do ar, é, vejam só, www.thekillers.co.uk. Agora agüenta, porque vai ter muito indie tupiniquim com a brilhante idéia de pagar domínio britânico.). O som da banda é mais ou menos o que teria acontecido se o Duran Duran e o Psychedellic Furs fossem uma banda só que tivesse surgido por volta de 96.
New wave com alguma distorção nas guitarras, vocais enterrados na mixagem e, claro, não poderia faltar aquele maldito teclado. Mas felizmente não dá o tom em todas as músicas, só cria o, hum, "clima". Nos shows, o vocalista Brendon Flowers (que maravilha de nome, hein?) se encarrega de teclar. Em uma das apresentações, apud um jornal texano, o microfone do teclado não funcionava. Brendon, então, calmamente pegou um outro microfone, segurou numa das mãos e continou tocando teclado apenas com a outra.
Por serem americanos, não faltam comparações com Strokes. Seja definindo como "o reverso da moeda" ou conclamando quem já está de saco cheio de bandas Stooges-wannabes.
O single "Mr Brightside", lançado no final de Setembro, não impressiona tanto pelo mix new wave-lo fi, mas sim pela música que dá título ao disco. Um riffzinho matador de guitarra precede o vocal enterrado, para depois a música dar uma reviravolta; uma mixagem mais clean, um refrão de arrepiar qualquer espinha e que vai ficar na sua cabeça no mínimo durante o Verão todo. Depois, tudo de novo, mais uma vez.
A melhor música de 2003 e mais nada. E precisa?